Nascido Theodore Robert Cowell em 24 de novembro de 1946 no estado americano de Vermont, descobriu aos 14 anos que àqueles que ele pensava serem seus pais, Samuel Cowel e Eleanor Cowell, eram na verdade seus avós maternos e a suposta irmã mais velha era sua mãe. O nome desta era Eleanor Louise Cowell, mas para não ser confundida com sua progenitora, todos a chamavam de Louise Cowell.
A identidade real do pai de Ted nunca foi confirmada e, para que Louise não enfrentasse a vergonha de ser uma mãe solteira, a família mentiu para todos sobre os verdadeiros pais da criança. Existem várias versões sobre quem seria o seu pai biológico, a mais grave delas é a de que ela foi violentada por seu próprio pai, Samuel Cowel.
Desde pequeno Ted tinha comportamentos estranhos. Sua tia, Julia, disse que uma vez acordou com o colchão rodeado de facas encontradas na cozinha, e ao lado de sua cama estava o garoto com um sorriso sádico no rosto. Ele tinha apenas três anos de idade quando isso ocorreu. Episódios onde ele conversava com amigos imaginários e cometia crueldades com animais não eram raros.
Ele viveu os três primeiros anos de sua vida no estado da Filadélfia. Em 1951, já no estado de Washington (não confundir o estado, no extremo noroeste dos EUA, com a capital do país), ganhou o nome pelo qual ele ficou famoso quando sua mãe se casou com Johnny Bundy e este o adotou oficialmente. Johnny tentou ser para Ted o pai que ele não teve, mas o menino sempre se manteve distante de seu padrasto.
Na verdade, ele se mantinha isolado de qualquer pessoa por não saber se relacionar com ninguém. Algumas vezes ele chegou a declarar que não entendia que motivos levavam as pessoas a serem amigas. Isso é um dos principais fatores que levam a crer que ele era um psicopata. Em busca de algo que o motivasse, ele cometeu pequenos crimes, mas ao fazer 18 anos, teve seus registros policiais excluídos por exigência da lei do estado de Washington.
Ted Bundy era um jovem muito inteligente e não foi difícil para ele ingressar em uma universidade. No entanto, ele não ficou mais do que três anos, desistindo por não ter paciência para assistir às aulas, especialmente por não querer fazer trabalhos em grupo, uma exigência comum da maioria dos professores. Fora da faculdade, ele namorou algumas garotas, teve diversos empregos e, como a maioria dos psicopatas, se envolveu com a política, sendo um promissor militante do Partido Republicano.
O namoro mais sério que ele teve foi com Stephanie Brooks, mas ela terminou com ele considerando-o imaturo e voltou para a casa de seus pais na Califórnia. Isso o deixou arrasado e ele viajou pelo Colorado, Arkansas e Filadélfia até voltar ao estado de Washington em 1969 e ingressar novamente na Universidade de Washington e se formar em Direito como um dos melhores alunos, em 1972. Nesta época ele teve um namoro conturbado com uma funcionária da faculdade, Elizabeth Kloepfer. Em uma viagem à Califórnia, ele reencontrou Stephanie e reatou o namoro com ela, mas sem terminar com Elizabeth. Uma não sabia da existência da outra e ele namorou as duas até um dia desistir de Stephanie e nunca mais entrar em contato com ela.
Ninguém sabe exatamente quando Ted Bundy começou a matar. Em alguns depoimentos ele confessou ter tirado a vida de duas pessoas em 1969 em Atlantic City, aos 22 anos. Depois ele negou essas mortes. Muitas evidências ligam ele ao assassinato de Ann Marie Burr de apenas oito anos em 1961 quando ele tinha apenas 14 anos de idade. Esse seria de fato seu primeiro assassinato.
No entanto, se nos basearmos nos crimes pelos quais ele foi condenado, seu primeiro crime foi cometido em fevereiro 1974, quando ele tinha 27 anos de idade. Ele invadiu o porão da casa de Lynda Ann Healy, uma jovem de 21 anos, bateu em sua cabeça até deixá-la inconsciente e a levou para um local onde a estuprou e depois a matou. Depois desse crime, a média de estudantes desaparecidas e mortas era a de uma por mês.
Antes deste primeiro assassinato documentado, em janeiro 1974 ele fez uma vítima que, apesar da violência, sobreviveu. Ela tinha 18 anos de idade e se chamava Karen Sparks. Usando seu carisma, ele a levou para casa e lá teve relações sexuais com ela. Quando ela estava sonolenta, ele a acertou com um pedaço de metal, deixando-a desacordada. Depois, ele a violentou com um Espelho Ginecológico. Ela ficou presa e desacordada por dez dias, mas sobreviveu. Ela ficou com danos cerebrais permanentes e, incapaz de se comunicar de maneira satisfatória.
Apenas no ano de 1974 foram nove vítimas nos estados de Washington e Oregon, mas algumas fontes dizem que estes números são maiores. Neste mesmo ano ele se mudou para o estado de Utah, onde cometeu outros oito assassinatos. Além desses crimes, em 1974 e 1975, ele viajou aos estados do Colorado e Idaho e matou mais quatro mulheres, duas em cada estado.
A polícia ainda não tinha certeza da ligação de todos esses casos, mas o assassino das jovens garotas já era procurado em cinco estados do oeste dos Estados Unidos. Testemunhas viram algumas das vítimas saírem de carro com uma pessoa com as mesmas características de Ted Bundy, mas demorou até a polícia encontrar provas suficientes para incriminá-lo. Cidadão exemplar e membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecidos como mórmons (cuja sede é em Salt Lake City, uma espécie de cidade sagrada desta religião), muitas pessoas acreditavam em sua inocência.
Enquanto os crimes aconteciam, sua ex-namorada Elizabeth Kloepfer ligou três vezes para a polícia de Utah contando suspeitar que Ted era o autor dos assassinatos. O que a fez acreditar nisso foi uma série de fatores: sempre que ele se mudava para uma cidade, crimes do mesmo tipo aconteciam em locais próximos, o comportamento dele era estranho quando alguém comentava sobre estes crimes, a descrição que as testemunhas davam sobre o possível criminoso coincidiam com as dele, e um dia ela encontrou na casa de Ted alguns objetos estranhos, como um martelo para picotar gelo, instrumentos ginecológicos e máscaras.
No entanto, a polícia não deu muita importância ao que ela disse até agosto de 1975. Neste mês, ele foi preso pela patrulha rodoviária de Utah após não parar o carro para uma blitz de rotina. O policial notou que o fusca que Ted dirigia não tinha o banco do passageiro e resolveu revistar o veículo. Lá dentro encontrou máscaras, luvas cirúrgicas, martelos, sacos de lixo e outros objetos estranhos. A polícia estadual foi informada e, como ele era o principal suspeito de vários assassinatos, resolveu colocá-lo sob vigilância após ele ser liberado pela patrulha rodoviária.
Os investigadores foram até Seatle, capital do estado de Washington, para conversar com Elizabeth Kloepfer e o depoimento dela deixou-os ainda mais convencidos de que ele era o homem que procuravam. Quando ele vendeu o carro em que tinha levado várias de suas vítimas para comprar outro, a polícia fez uma busca detalhada no carro e encontrou fios de cabelos de várias das mulheres assassinadas, além de evidências sanguíneas e impressões digitais. Os detetives que investigavam o caso em diferentes estados se reuniram para trocar informações e, assim, reuniram provas que o levaram à prisão.
Como era formado em direito, Ted Bundy solicitou ser seu próprio advogado, o que foi autorizado pelo juiz do caso. Por causa disso, ele tinha o direito a frequentar a biblioteca do fórum criminal para que pudesse estudar e se preparar para o julgamento. Em 07 de Junho 1977, no recesso de uma audiência preliminar, ele foi autorizado a consultar livros de direito no local acima citado. As algemas foram retiradas e um policial ficou do lado de fora para evitar que ele escapasse. No entanto, na rua onde estava o tribunal, a segurança era mínima.
Sendo assim, Ted abriu a janela e saiu pelo telhado. Para completar sua fuga, roubou roupas do varal de uma casa vizinha e sumiu do estado para continuar a praticar crimes.
Ted Bundy foi para o local mais distante possível, que no caso foi o estado da Flórida. A viagem demorou vários dias, já que ele precisava roubar carros ou seguir de trem e ônibus com identidades falsas de pessoas a quem ele assaltou. Em 1978, apenas uma semana depois de chegar à cidade de Tallahassee, ele invadiu uma república de faculdade, onde só moravam garotas. Era de madrugada e a ação dele, segundo a polícia, durou menos de vinte minutos e deixou quatro vítimas: Margaret Bowman, Lisa Levy, Kathy Kleiner e Karen Chandler. Todas estavam dormindo e foram agredidas com pancadas fortes na cabeça, seguidas de estupro e outros atos de extrema violência. Kathy e Karen sobreviveram com muitos ferimentos. Kathy perdeu dentes, teve o maxilar quebrado e o ombro dilacerado. Nenhuma testemunha ouviu nada do que aconteceu.
Além de agredir Lisa Levy sexualmente com uma lata de spray de cabelo, ele a mordeu várias vezes. Essas mordidas seriam as primeiras evidências que o ligariam a seus crimes. Bundy possuía uma mordida peculiar, já que seus dentes inferiores eram tortos, e seu incisivo superior lascado. Posteriormente, durante o julgamento, o dentista forense Richard Souviron, comparou uma fotografia dos dentes do criminoso com uma imagem da marca deixada no corpo, mais especificamente nos glúteos de Lisa, mostrando que eram exatamente iguais.
As mortes continuaram e se tornaram notícia em todo país. Como as vítimas tinham as mesmas características e os crimes eram muito parecidos com os cometidos em outros estados entre 1974 e 1975, o FBI suspeitou que fosse Ted Bundy o causador, e colocou seu nome na lista dos dez criminosos mais procurados dos EUA. Ele passou então a mudar-se para outras cidades e estados, mas foi finalmente preso em 1978.
Seus julgamentos foram verdadeiros espetáculos. Ele foi acusado de matar 36 mulheres. A repercussão foi mundial e a imprensa de diversos países acompanhou cada passo do tribunal. As provas contra ele, apesar de tudo, não eram tão contundentes quanto os policiais acreditavam e havia um enorme risco de ele ser inocentado. No entanto, seu narcisismo fez com que ele fizesse a maior parte de sua própria defesa, apesar de contar com advogados à sua disposição. Como ele não possuía qualquer experiência como advogado, não conseguiu se livrar da condenação à cadeira elétrica.
Um dos momentos que mais causou indignação no público, tanto pela espetaculização quanto pela perspicácia de Bundy, é o pedido de casamento a Carole Ann Bone no tribunal. Bundy pediu a amiga de longa data (e apoiadora) em casamento durante um de seus julgamentos. O casal teve uma filha, chamada de Rose. Carole e Bundy se divorciaram em 1986, três anos antes do assassino ser morto na cadeira elétrica. Desde então, pouco ou quase nada se sabe sobre a mulher que defendeu o assassino em série com todas as suas forças.
Durante quase todo o tempo, Ted Bundy negou os crimes, mas às vésperas de ser executado, ele confessou parte dos assassinatos. Apesar de assumir a autoria de 30 homicídios, a polícia diz que esse número pode ser o dobro disso. Muito se falou e se escreveu sobre Ted Bundy e o estudo de sua personalidade e modo de agir ajudou a entender um pouco melhor a mente de Serial Killers como ele.
Os testemunhos de quem o conheceu na infância e na juventude mostram um garoto introvertido e desajeitado na época da escola, complexado por um problema de fala e por crescer em uma família relativamente humilde de Seattle, rodeado por vizinhos mais abastados.
Ele superou estes complexos, ao menos aparentemente, para criar um personagem que ficou gravado no imaginário coletivo da sociedade americana. Um homem que conseguiu convencer a muitas de suas vítimas (sempre jovens muito belas, com cabelos à altura dos ombros e repartidos ao meio) que o acompanhassem até seu carro por vontade própria. Ali, ele as golpeava, as sequestrava e as levava a outro local para matá-las.
Em 24 de janeiro de 1989, aos 42 anos, Ted Bundy foi eletrocutado, mas sua história ainda repercute, seja na literatura ou no cinema. Existem outros como ele por aí. E não necessariamente um homem, pode ser também uma bela mulher. Sendo assim, antes de aceitar carona daquela pessoa atraente, pense que você pode ser mais um número a aumentar a estatística de crimes como esses.
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The origin of the word "plumber" dates from the Roman Empire. Roman roofs used lead in conduits and drain pipes and some were also covered with lead; lead was also used for piping and for making baths. The Latin for lead is plumbum.
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