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Os mortos também merecem ser bem tratados

Foto do escritor: Rita HernandesRita Hernandes

"Quando os cadáveres chegam à necropsia, chegam com as roupas com as quais morrem e é trabalho do especialista despi-lo para iniciar a necropsia.


Muitas vezes, os falecidos chegam com as expressões faciais que tiveram no último momento (medo, tranquilidade, raiva, tristeza) até às vezes com lágrimas nos olhos.


Os médicos legistas nos dão uma explicação científica conforme exigido pelo seu trabalho, mas, a partir de experiências pessoais eu tive que combinar as minhas crenças científicas.


Lembro de um caso em que estava sob investigação, e um corpo de um professor foi encontrado, ele havia sido sequestrado, assassinado e enterrado há três semanas em um lugar distante.


Quando ele foi exumado, ele ainda estava com seu uniforme escolar e estava em uma posição fetal e seu rosto refletia uma profunda tristeza.


Para o trabalho de despir sem cortar as roupas (a roupa é conservada para análise) foi praticamente impossível para os especialistas, dada a rigidez cadavérica.


Foi quando o médico chegou e disse:

-Vou lhe dizer como é o caminho certo ...


Todos nós pensamos que ele iria nos dar uma solução técnica, científica, médica ou profissional, mas ohhhhh surpresa!!


Ele começou a falar com o cadáver enquanto ele começou a despi-lo:

"Você está aqui, amigo"
"Sua família já encontrou você"

"Você não vai mais ficar sozinho"
"Tudo o que eles querem é enterrar você para que você possa estar em paz"
"Olha, eles nunca pararam de te procurar"
"Ajude-me a terminar rápido para você ir com sua família"

Bem, enquanto isso, eles nos fizeram ficar arrepiados, quando vimos que o cadáver, que havia sido enterrado por 3 semanas, começou a se soltar de modo que despi-lo ficou muito fácil.


O deixamos em uma posição como se ele estivesse deitado de costas e seu rosto mudou, ele parecia calmo.


Esta dica é usada por bons médicos que apesar de viverem com a morte todos os dias, não perderam a sensibilidade de saber que diante deles tem uma pessoa que é pai, filho, marido e deve ser tratada com respeito e dignidade."


Até os mortos merecem ser bem tratados!



Autoria desconhecida

  • Este texto está circulando pelas redes sociais, mas, até o momento, seu autor ainda não foi identificado.

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O parágrafo único do artigo 4º do Código de Processo Penal (CPP) diz:

“Parágrafo único. A competência definida neste artigo não exclui a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.”

A expressão “autoridades administrativas” refere-se a aquelas autoridades que, embora não sejam integrantes do Poder Judiciário ou do Ministério Público, possuem atribuições legais para realizar investigações ou procedimentos preliminares que possam subsidiar o inquérito policial ou a ação penal. Alguns exemplos de autoridades administrativas no Brasil incluem:

    1.    Agências Reguladoras:
   •    Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL): Pode realizar investigações sobre infrações administrativas e técnicas relacionadas às telecomunicações.
   •    Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): Pode investigar infrações relacionadas à saúde pública e ao controle sanitário de produtos e serviços.
   2.    Órgãos de Fiscalização e Controle:
   •    Receita Federal: Tem competência para realizar investigações sobre crimes tributários e aduaneiros.
   •    Controladoria-Geral da União (CGU): Pode investigar irregularidades e atos de corrupção no âmbito da administração pública federal.
   3.    Polícias Administrativas Especiais:
   •    Polícia Federal: Além de suas atribuições de polícia judiciária, realiza investigações de crimes federais e questões de segurança nacional.
   •    Polícia Rodoviária Federal: Pode investigar crimes relacionados ao trânsito e à segurança nas rodovias federais.
   4.    Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI):
   •    Instituídas no âmbito do Congresso Nacional, Assembleias Legislativas ou Câmaras Municipais, têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, podendo convocar testemunhas, requisitar documentos e realizar diligências.

Essas autoridades administrativas, ao realizarem investigações, produzem provas e informações que podem ser utilizadas para subsidiar os procedimentos penais conduzidos pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária.

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