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Foto do escritorRita Hernandes

Eu não pertenço a ninguém, a não ser a mim mesma.

Antes de começar a ler essa publicação você deve saber uma coisa: este é um texto de gratidão!


Tudo que eu tenho hoje, sejam bens materiais ou a formação do meu caráter, eu devo, em grande parte, à empresa na qual trabalhei nos últimos dezoito anos. E o fato de ter sido dispensada, sem usar o eufemismo do termo “desligada”, não muda em nada o sentimento de respeito e agradecimento que eu tenho por ela.


Dito isso, quero falar hoje sobre o sentimento de “pertencimento” que mencionei anteriormente, aqui mesmo e no LinkedIn.


Essa semana eu li um artigo escrito por Marcel Camargo, no Portal Raízes, com o qual me identifiquei muito. Nele, o autor comenta que “Adultos deveriam bastar-se sozinhos, rir de si mesmos, preferir ter paz a ter razão. Isso seria maturidade”. Mas não é isso que acontece, não é mesmo? Na ânsia de não nos sentirmos isolados, preferimos ser levados com o comboio. E assim, muitas vezes, sufocamos nossa essência, e nos misturamos com quem não torce por nós, com quem não conhece o limite entre o humor e a ofensa e, principalmente, com quem não quer dar nada em troca, apenas receber.


E, com isso, o ambiente onde trabalhamos, e no qual passamos a maior parte do nosso tempo, vai se tornando cada vez mais tóxico, sem percebermos. É como o experimento do sapo que, ao ser levado ao fogo dentro de uma panela com água fria, nem se dá conta de que o calor está aumentando, pois vai regulando a temperatura do seu corpo com a do ambiente no qual se encontra. Até que ele morre.


Agora que estou “fora da panela”, vejo com muita clareza que passei por essa mesma experiência. E, por isso, quero compartilhar o que aconteceu comigo. Se eu conseguir fazer com que ao menos uma pessoa seja menos “sapo”, já vou me dar por satisfeita.


Ter essa percepção vai te ajudar muito no caso de uma eventual demissão. O sentimento de não pertencer mais a algum grupo é atenuado quando você consegue ver que seus valores não estavam mais alinhados com àqueles que lhes eram propostos. E que, apesar de não parecer inicialmente, ser dispensado não foi o pior que podia te acontecer, muito pelo contrário, pode ter feito um bem enorme para você.


Mas isso só será uma realidade se você estiver preparado, se tiver seu plano de carreira bem definido, e tiver o seu plano B (olha ele aí novamente!). Na verdade, o seu plano de carreira deveria ser chamado de “plano de vida”, e nele deveria constar o que você precisa fazer para atingir sua realização pessoal e profissional. A empresa na qual você trabalha deve ser um meio para concretizar suas metas, e não um desígnio.


Deixo aqui o link para a matéria que citei no início deste texto. Boa leitura!



“Não Se Misture Com Quem Você Não Seria”

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