Ontem o novo presidente, Jair Bolsonaro, tomou posse. Depois Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Russef e Michel Temer; Bolsonaro é o primeiro presidente a colocar a segurança no patamar mais elevado. Pelo menos, é esse o seu discurso e, convenhamos, nosso país está mesmo precisando desesperadamente de mais segurança! Eu não preciso repetir os números da criminalidade aqui. Eu acho que todos, muito mais do que saber desses números, já estão sentindo seus efeitos, na pele.
Hoje inclusive, durante sua posse, o Ministro Sérgio Moro, da Justiça e da Segurança, falou em garantir as prisões depois de condenações em segunda instância, falou em aprovar medidas mais severas contra crimes do colarinho branco, crimes financeiros em especial. E pela primeira vez, também falou alguma coisa que reflete especialmente na perícia. Ufa! Estava demorando! E, olha que eu já venho acompanhando as posições do novo governo desde o princípio da transição. Perícia? É a primeira vez que tocaram no assunto. Mas, não vamos ficar desanimados! Eles sabem, tanto quanto nós, que a perícia é essencial para a manutenção do Estado Democrático de Direito, para o combate à criminalidade e principalmente para evitar a impunidade. Mas o que, exatamente, disse o ex-juiz?
Bem, muitos de vocês devem ter assistido à cerimônia de posse e ouviram quando ele disse que tenciona, ao final dos quatro em que estará à frente do Ministério da Justiça e da Segurança, armazenar em bases dados os perfis genéticos de todos os condenados por crimes dolosos. Ele disse todos!
Eu acho muito difícil. Mas ele está certo! E não é porque é difícil que não se deve trabalhar nesse sentido. A meu ver, uma base de dados dessa natureza e dessa magnitude, contribuiria sensivelmente para a redução da criminalidade, especialmente no que diz respeito à reincidência. A identificação do criminoso ficaria extremamente mais fácil.
E por que a implementação dessa medida é tão difícil? Bem, além de fatores econômicos, porque isso é muito caro, existem os jurídicos a final, para levar à prática uma medida como essa, é necessário que haja alterações na legislação e, nós sabemos, isso nem sempre é simples.
Mas, volto a dizer, é preciso tentar, é preciso ousar transpor os obstáculos, senão, a gente não sai do lugar. E, em se tratando de segurança, nós estamos muito devagar. Há muitos anos.
Comentários