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Como a ciência forense pode ajudar a desvendar os mistérios da evolução humana

Foto do escritor: Rita HernandesRita Hernandes

As pessoas são fascinadas pelo uso da ciência forense para solucionar crimes. E qualquer ciência pode ser forense, desde que usada no sistema de justiça, criminal e civil. Biologia, genética e química já foram aplicadas dessa maneira.


Agora, algo bastante especial está acontecendo: o conjunto de habilidades científicas desenvolvido durante a investigação de cenas de crimes, homicídios e mortes em massa, está sendo usado ​​fora do tribunal. E isso está acontecendo no campo da antropologia forense.


Antropologia forense é a análise de restos humanos com o propósito de estabelecer a identidade de indivíduos, vivos ou mortos. No caso dos mortos, isso geralmente se concentra nas análises do esqueleto, mas toda e qualquer parte do corpo físico pode ser analisada. O antropólogo forense é especialista em avaliar o sexo biológico, a idade no momento da morte, a altura, e até mesmo a afinidade ancestral do esqueleto.


Uma pesquisa recente, publicada no Journal of Archaeological Science, ampliou o alcance da ciência forense do tempo presente, para a pré-história. No estudo são aplicadas técnicas comuns de antropologia forense para investigar o sexo biológico de artistas que viveram muito antes da invenção da palavra escrita, e que produziram diversos desenhos rupestres.


Cueva de las manos - Caverna das Mãos - Perito Moreno - Província de Santa Cruz - Argentina

O estudo se concentra, especificamente, naqueles que produziram um tipo de arte conhecido como estêncil de mão. A biometria forense é aplicada para produzir resultados robustos que, esperamos, compensarão alguns dos problemas que os pesquisadores arqueológicos encontraram ao lidar com essa forma de arte antiga.

Esses estêncis de mão foram feitos soprando, cuspindo ou pontilhando pigmento em uma mão encostada contra a superfície de uma rocha, e são frequentemente encontrados ao lado de arte rupestre pictórica criada durante um período conhecido como o Paleolítico Superior, que começou cerca de 40 000 anos atrás.


A presença de uma mão humana cria uma conexão direta e física com um artista que viveu milênios atrás. Até agora, os pesquisadores se concentraram em estudar o tamanho das mãos e o comprimento dos dedos para abordar o sexo do artista. O tamanho e a forma da mão são influenciados pelo sexo biológico, uma vez que os hormônios sexuais determinam o comprimento relativo dos dedos durante o desenvolvimento, conhecidos como relações 2D: 4D.


Produção experimental de um estêncil de mão - Jason Hall, University of Liverpool

Mas muitos estudos baseados na arte rupestre geralmente têm sido difíceis de replicar. Eles costumam produzir resultados conflitantes. O problema com o foco no tamanho da mão e no comprimento dos dedos é que duas mãos, de formas diferentes, podem ter dimensões e proporções lineares idênticas. Para superar isso, tem sido adotada uma abordagem baseada em princípios biométricos forenses. Isso promete ser estatisticamente mais robusto e mais aberto à replicação entre pesquisadores, em diferentes partes do mundo.


Tudo isso mostra a sinergia que surge quando as ciências paleontológicas, arqueológicas e forenses são reunidas, para promover a compreensão humana do passado.


Publicação extraída da revista Elsevier SciTech Conect.

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unknownytube
há 2 dias

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O parágrafo único do artigo 4º do Código de Processo Penal (CPP) diz:

“Parágrafo único. A competência definida neste artigo não exclui a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.”

A expressão “autoridades administrativas” refere-se a aquelas autoridades que, embora não sejam integrantes do Poder Judiciário ou do Ministério Público, possuem atribuições legais para realizar investigações ou procedimentos preliminares que possam subsidiar o inquérito policial ou a ação penal. Alguns exemplos de autoridades administrativas no Brasil incluem:

    1.    Agências Reguladoras:
   •    Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL): Pode realizar investigações sobre infrações administrativas e técnicas relacionadas às telecomunicações.
   •    Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): Pode investigar infrações relacionadas à saúde pública e ao controle sanitário de produtos e serviços.
   2.    Órgãos de Fiscalização e Controle:
   •    Receita Federal: Tem competência para realizar investigações sobre crimes tributários e aduaneiros.
   •    Controladoria-Geral da União (CGU): Pode investigar irregularidades e atos de corrupção no âmbito da administração pública federal.
   3.    Polícias Administrativas Especiais:
   •    Polícia Federal: Além de suas atribuições de polícia judiciária, realiza investigações de crimes federais e questões de segurança nacional.
   •    Polícia Rodoviária Federal: Pode investigar crimes relacionados ao trânsito e à segurança nas rodovias federais.
   4.    Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI):
   •    Instituídas no âmbito do Congresso Nacional, Assembleias Legislativas ou Câmaras Municipais, têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, podendo convocar testemunhas, requisitar documentos e realizar diligências.

Essas autoridades administrativas, ao realizarem investigações, produzem provas e informações que podem ser utilizadas para subsidiar os procedimentos penais conduzidos pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária.

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